quinta-feira, 18 de abril de 2019

Maria, Mãe e Modelo da Caridade


São João em sua carta nos diz: “Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro” (I Jo 4,19), portanto nosso amor ao próprio Deus e ao próximo é uma resposta ao amor de Deus em nós; por nossas forças não podemos amá-los do modo que merecem, pois nosso amor é pobre, egoísta e arrogante, entretanto, quando estamos entranhados do amor de Deus surge em nós um resultado maravilhoso em olhar com zelo para eu mesmo, para o outro e para Deus. O amor em nós é enaltecido e intensificado na medida em que nos deixamos aproximar de Deus e sermos moldados por Ele. Agora, como imaginar em Maria o significado desse amor? Nós fomos tocados pelo amor, em Maria o próprio amor Se encarnou.

“O amor para com o próximo nasce do amor para com Deus. Ora, como nunca existiu, nem jamais existirá, quem mais que Maria Santíssima amasse a Deus, assim nem houve, nem haverá, quem mais que a Santíssima Virgem tenha amado e ame o próximo. Basta saber que esta sua caridade a levou a oferecer à morte, entre as dores mais amargas, e pela nossa salvação, o seu Filho unigênito. Felizes de nós se soubermos imitar uma Mãe tão carinhosa” (Santo Afonso de Ligório. Tomo II, 1921).

Veja o que o Amor (Deus) fez com a caridade em Maria: “"Maria, solícita, partiu para a região montanhosa para visitar sua prima Isabel" (Lc 1, 39-40). Solicito(a) é uma pessoa que não poupa esforços para ajudar o outro, é uma pessoa útil e atenciosa. O que Maria foi fazer na casa de Isabel? Passear? Não mesmo! Ela foi ao encontro do outro, se preocupou, pois sua prima era de idade avançada. Assim, ela nos ensina que a caridade leva-nos ao comprometimento em solidariedade para com nossos familiares, vizinhos e conterrâneos, pois a caridade não tem limites.

Outro grande exemplo de preocupação com o próximo foi nas Bodas de Caná, quando ela ficou aflita por aquela família e pediu ao Filho: “Eles não tem vinho!” (Jo 2,3). Parece algo sem relevância, mas aí está a obra da caridade: apressar-se quando se trata de socorrer, seja qual for a circunstância ou motivo. Geralmente nós escolhemos pelos motivos, datas e locais que ajudaremos o outro, mas na hora de urgência e de necessidade não temos a caridade entranhada em nós. A caridade não consiste somente em dar algo material, talvez o tempo, a atenção ou o afeto àquele que está enfermo na alma, sejam tão ou mais importantes que o material.

Maria, hoje está no céu com Seu Filho, mas a obra de misericórdia permanece. Pobres de nós se ela não rogasse em nosso favor! Sua intercessão aos pés de Jesus é uma obra meritória de caridade por nós, tão necessitados do amor de Deus, e lá do céu Maria por nós advoga (até aqui ela nos ensina que se nada tivermos a oferecer, ainda temos como caridade o motivo de orar pelos outros); somos conhecedores disto, os santos da Igreja testemunham, os dogmas da Igreja testemunham, os homens de boa vontade testemunham: Maria é modelo de caridade.

“Usemos de caridade para com o próximo, assim nos ensina Maria, pois é útil para tudo e nos faz felizes nesta e na outra vida... e quem socorre os necessitados faz com que o próprio Deus lhe fique sendo devedor” (Santo Afonso de Ligório. Tomo II, 1921).

(Rone Honorio)

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