segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Colóquio

Ato 1
_ Estou sentindo saudades, antecipadamente.
_ Quereria seu abraço um pouco mais.
_ Ah, e como...
_ Como você é amável!
_ Excetuando-se a presença do Senhor, o teu abraço tem sido meu lugar favorito.
_ Não canso de lembrar de seus lábios latejando beija-me.
_ Seus lábios, suas mãos, todo seu corpo e carinhos...
_ Seu rosto cheio de luz e desejo de amor, sacia meus olhos numa festa de expressões.
_ Amado... Me envolvo nas lembranças e fico sem palavras. Ainda o sinto em mim e o que sinto é sem igual.

Ato 2
_ O amor esquecido, o medo se esvaindo, aquele retornando... Sim, belo o sentimento do amor. Tua suavidade em dar-se, a serenidade ao falar, a intensidade do olhar, me falam daquele amor.
_ Me é tanto, tanto, tanto o desejo de cuidar-te, sanar as dores do coração, reparar as feridas todas que foram abertas. É o maior desejo que tenho por ti, o cuidado.
_ Oh! Enfermeira das dores do coração partido, da alma enferma. Tu cuidas como da flor prestes a murchar regando e adubando suas raízes com o húmus do amor.

Ato 3
_ Só Deus sabe o quanto me fazes bem, o quanto te quero e o quanto já o amo.
_ É só a nascente, ainda virão as torrenciais...
_ Vejo a distinção entre a paixão e o amor. A paixão sendo um lume abastecido de sapê, que produz algumas belas labaredas, mas se esvai rapidamente, restando apenas cinzas, enquanto o amor sendo um tronco mui espesso e bem seco, que custa à queimar. Tento me conter nas palavras, receio me exceder, mas por ti, mesmo que alimentemos esse fogo com sapês, sinto ser mais, sinto haver o 'tronco'.
_ Alma dileta que alimentas a imortalidade do amor, seja aceso o luzeiro divino a arder em nós como que em grandes chamas; seja vivo, seja intenso, seja duradouro o amor Daquele que mostrou a forma verdadeira de amar: esponsalmente.

(rone honorio e gislaine liberato)

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